domingo, 4 de março de 2007

Cataclismo anunciado



ANA ELIZABETH DINIZ/ ESPECIAL PARA O TEMPO




A palavra profecia está inevitavelmente atrelada aos visionários, sensitivos, pessoas que têm o dom de predizer o futuro. Em pleno século 21, falar que não é preciso ser um profeta para fazer prognósticos alarmantes para um futuro próximo do planeta parece óbvio.
O desconcertante é saber que o diagnóstico alarmista do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre Mudança Climática (IPCC) foi previsto por Nostradamus, Samael Aun Weor, pelos maias, índios andinos, Edgar Cayce, Trigueirinho, entre outros videntes há muito mais tempo do que podemos imaginar.
Em 1827, o cientista francês Jean-Baptiste Fourier foi o primeiro a falar sobre o efeito estufa, fenômeno no qual os gases atmosféricos prendem a energia solar, elevando a temperatura da superfície terrestre, ao invés de permitir que o calor volte para o espaço.
Cento e oitenta anos depois, no dia 17 de janeiro passado, o Boletim de Cientistas Atômicos adiantou em dois minutos o Relógio do Apocalipse, que agora marca cinco minutos para a meia-noite, citando a mudança climática como um risco tão grande para a humanidade quanto a proliferação nuclear.
E no último dia 2, o mesmo IPCC, conclui com 90% de certeza que o aquecimento global foi causado pela ação humana. E que a temperatura da Terra aumentará até o final do século XXI entre 1,8ºC e 4ºC.
Até 2100, a temperatura vai subir seis graus, elevando o nível do mar, destruindo cidades litorâneas, derretendo geleiras no Pólo Norte e de altas regiões montanhosas como os Alpes, causando secas e desertificação em outras áreas.
O que dizem as profecias dos maias e índios andinos KA W. RIBAS/ ESPECIALISTA EM HISTÓRIA DA AMÉRICA LATINA E GEOBIÓLOGO
O anúncio do documento encomendado pela ONU a cientistas de várias nacionalidades chamou a atenção das pessoas para algo que há muito é anunciado pelos ecologistas e pelas antigas profecias.
Segundo os maias, o eclipse solar de 11 de agosto de 1999 marcou o início de um ciclo de 13 anos que se completa no sábado, 22 de dezembro de 2012, solstício de verão do hemisfério sul e do inverno no norte.
Esse ciclo estaria sincronizado com outro ciclo, desta vez de 20 anos, chamado katun, iniciado em 1992 e que, por sua vez, faz parte de um ciclo maior de 5.125 anos ou 13 baktuns (cada baktun é formado por 20 katuns, aproximadamente 400 anos).
Esses números e datas relacionam-se assombrosamente com o aquecimento global quando associados ao ciclo de 117 giros, cada vez que o planeta Vênus aparece no mesmo ponto do céu.
Nessas épocas, o Sol sofre fortes alterações e aparecem grandes manchas e ventos solares e, a cada 5125 anos (ciclo de 13 baktuns) são produzidas alterações ainda maiores que causarão destruição.
Essas afirmações são corroboradas pelos povos antigos da América, como o novo ciclo Pachakuti dos povos andinos; o “quinto Sol” e a era de 13 “céus” de Quetzacooatl, a serpente emplumada dos Astekas, após os nove “infernos” de Tetzkatlipoka; a busca pela “Terra-sem-males” dos Guarani; a pacificação do branco e a “Profecia do Arco-Íris” dos nativos da América do Norte .
Chegará um tempo em que a Mãe Terra estará a ponto de perecer em consequência das agressões cometidas pelos seres humanos.
Ambiente reflete desordens internasVIRGÍLIO CAMPOS/ PROFESSOR DE GNOSE
O aquecimento global está ocupando lugar de destaque na mídia, ainda que se esqueçam de dizer que tudo isso é uma consequência da insensatez daqueles que comandam este mundo.
Houve época em que acreditavam que bastava mandar o lixo atômico e as indústrias poluentes para o terceiro mundo, para os países “pobres”, para se verem livres de seus efeitos. Amarga ilusão.
Realmente, a egolatria não combina com a ecologia. Hoje até os países “ricos” admitem que o aquecimento global é um problema. Será que querem ganhar tempo? Não há mais tempo. Ou será que pensam que finalmente vão poder vender geladeiras para esquimós?
Pois não é que caíram em seu próprio engodo, no buraco que eles mesmo cavaram? Mas parece que a ficha não caiu, pois pelo mundo afora estão preparando guerras e mais guerras e as fábricas de armas estão a todo vapor. Quer dizer, a coisa ainda vai ficar muito mais quente.
E o mamífero racional já poderá entrar oficialmente na lista de animais ameaçados de extinção. Sem dúvida, hoje estamos vivendo aquela época anunciada pelos sábios do passado. Todas as antigas profecias concordam em que, desta vez, o mundo será destruído pelo fogo.
E já estamos vendo o começo do fim. Samael Aun Weor, o grande mestre da gnose, avatar ou mensageiro da Nova Era, já escrevia em seu livro “A Grande Rebelião”, de 1974: “O animal intelectual, equivocadamente chamado homem, ao contaminar os mares com tanta sujeira, envenenar o ar com a fumaça de seus carros e suas fábricas, destruir a terra com explosões atômicas subterrâneas e o abuso de substâncias tóxicas de todo o tipo, está submetendo o planeta Terra a uma longa e espantosa agonia, que haverá de terminar em uma grande catástrofe”.
Ainda segundo Samael, “as reservas subterrâneas de água doce correm perigo. A poluição contínua do ar está colocando em perigo a vida do planeta. Tanta fumaça impede a entrada da luz solar e dos raios ultravioleta, originando graves desordens na atmosfera. Aproxima-se uma era de alterações climáticas, ciclones espantosos e terremotos. O degelo dos pólos já começou e um novo dilúvio precedido pelo fogo se aproxima. O dióxido de carbono está formando uma grossa capa na atmosfera que absorverá a radiação térmica e atuará como uma estufa de fatalidades. O mais grave é que os fatores de tal desolação, ou seja, fome, guerras, destruição do planeta em que vivemos, estão dentro de nós mesmos, em nossa psique”.
Somos assassinos planetários?
O cientista James Lovelock criou a teoria segundo a qual a Terra é viva e pode ser considerada como um gigantesco superorganismo chamado Gaia. Um ser que foi agredido e que agora se defende.
“Logo estaremos envolvidos em uma batalha e aquilo com que nos defrontaremos será muito mais letal do que qualquer guerra relâmpago. Estamos em guerra com a própria Terra. O aquecimento global é a resposta do nosso planeta injuriado aos danos que já provocamo e as consequências para a humanidade serão provavelmente muito piores do que ao de qualquer guerra”, profetiza em seu último livro, “Gaia – Cura para um Planeta Doente” (editora Cultrix, 192 páginas, R$ 45,90).
O cientista está convencido de que “as leis de Gaia indicam que, se alguma espécie provocar mudanças na composição do ar e na natureza da superfície da Terra, ela se arriscará a alterar o mundo até um estado que desfavorecerá a sua progênie. É desse modo que o sistema da Terra desencoraja espécies nocivas e nesse sentido, nós somos agora o alvo de Gaia. Não somos, porém, apenas uma peste sobre o planeta: somos parte de Gaia, e a sua primeira espécie conscientemente inteligente”. (AED)


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